Quero deitar-me naquele jardim deserto, numa noite gelada, coberta pelo teu casaco, apenas a contar as estrelas.

31/01/11

Eu preciso que fiques, percebes isso?
Eu preciso que agarres a minha mão, preciso de não te sentir a fugir-me por entre os dedos, consegues encaixar tal coisa?
Eu preciso que te instales, que coloques as tuas roupas no armário, que posiciones as tuas fotografias ao lado da cama...
Não quero que deixes a tua «antiga» vida, não quero que apagues recordações, não quero que diluas os sentimentos.
Quero que queiras ficar comigo e com o resto do teu mundo, na qual nunca irei interferir.
Quero que te sintas feliz, quero que te sintas em casa, quero que venhas para cá todos os finais de tarde.
Quero que sorrias de verdade, quero que te levantes desta cama todas as manhãs mas SEMPRE com a promessa que regressarás horas depois.
Quero rir até cairmos no sono, quero acordar, ver-te ao meu lado, quero tornar todos os teus sonhos realidade.
Tu percebes que eu gosto mesmo de ti? Pelo homem que tens sido, pelo amor que tens demonstrado, pela paciência que tens tido!
Não sou fácil, o meu orgulho e teimosia são complicados, sou má e acabo por «descarregar» em ti todas as dificuldades que se atravessam e não, meu grande amor, tu não o mereces.
Mas quando tu abres os teus braços prontos a envolverem o meu corpo, tu sabes, eu sinto-me como se tu fosses tudo o que eu precisasse, tu fosses o sol que viria a iluminar o meu dia.
Vem para cá.
Arranjo lugar para tudo o que precisares, não me chateio se disseres que tens que sair, tens que ver pessoas que ainda a ti estão ligadas, não me chateio porque vai fazer-me extremamente feliz saber que tu também o és.
Portanto vem.
Faz as malas, arruma as coisas e vem encher-me a casa de ti!
Vem viver comigo.
As palavras doem.
As palavras magoam.
As palavras remoem-nos por dentro, ecoam-nos na alma, instalam-se em algum local fechado do nosso corpo e teimam em não sair, em não se apagar, em não se diluir.
Um estalo dói, deixa as marcas dos dedos, a delineação da mão. Um estalo traz tamanha força acarretada nele, traz raiva que voa em direcção á nossa face.
Mas trata-se apenas disso, daquele instante em que se sente o calor provocado pelo movimento bruto. No dia seguinte, acordamos e estamos exactamente iguais, não sentimos dor, não sofremos com isso.
As palavras não.
As palavras que se jogam fora magoam mais. Entranham-se em nós durante tempo infinitos e meses depois ainda conseguimos ouvir aquela voz, fria e má, firme e cruel, a gritar connosco, a jogar-nos na cara algo que tempos e tempos depois, ainda faz as lágrimas correrem e ainda nos faz sentir exactamente as mesmas sensações que havíamos sentido.
É como se tivéssemos levado um soco no estômago, o nó na garganta instala-se e não há forma de o desatar, queremos sair dali mas as nossas pernas não se movem. Ficamos perplexos e a pensar como alguém de quem tanto gostamos, de quem tanto cuidamos joga tudo fora e nos diz coisas que nos atingem certa e directamente no nosso ponto mais frágil.
É verdade, dói saber que as pessoas que mais nos magoam são aquelas que dizem que não o vão fazer, são aquelas que prometem o impossível, são as que dizem sentir o impensável mas no fim, no fim, acabam sempre por partir-nos o coração.
Volto...
Volto ao meu confidente, á minha caixa de segredos, ao meu porto de abrigo, ao meu local de conforto, ao meu poço de calma, depois de um mês de ausência.
Os motivos que me levaram a tal não foram os melhores, muito pelo contrário, mas acabar ou estagnar este blog era perder uma GRANDE parte de mim, era deixar adormecida no meu coração aquilo que mais «gozo» me dá, que me suaviza a alma e me despeja o coração de sentimentos negativos, de maus momentos, de más recordações que a mente não apaga, apesar de todos os nossos esforços.
As pessoas são maldosas, cruéis, hipócritas. As pessoas são más, cínicas, falsas. As pessoas não sabem o mal que podem infligir aos outros com as suas «jogadas de mestre», as pessoas não sabem o quanto ás vezes podem magoar com certos e determinados comentários que encontrei aqui há pouco tempo...
Enfim, não me vou alongar sobre isso, não vou mostrar-me afectada mas também não vou deixar de escrever só porque para gente fraca a inveja fala mais alto.
Eu sei que o que TU queres há muito tempo é acabar com este blog, é arruínar o que me faz feliz, é deitar abaixo o que construo dia após dia.
Eu sei que o que TU queres é destruir aquilo que conquisto, é julgar o que faço, é fazer-me desistir.
Mas agradeço-te, agradeço que não te escondas atrás de comentários e chamadas anónimas, agradeço que dês a cara e que me fales, que me digas porque raio é que continuas a aparecer no meu caminho, quando não devias perder tempo com pessoas assim, tipo eu, tal como insistes em dizer.
Mas és de facto inteligente, comentas os textos antigos só para que eu não veja o que ali tem... És certeira nos golpes que dás, tens acções totalmente deliberadas e tomas decisões rindo-te dos estragos que provocas na vida alheia.
Eu tive uma noite má ao ler aquilo, mas eu sabia que este sítio andava na tua boca (suja) há muito tempo, sabia que insistias em mostrá-lo com desdém ás pessoas dizendo «Coitadinha...».
Coitadinha é de ti, porque és falsa, és cínica, és completamente desprezível, és MESQUINHA, eu aqui não o sou, aqui sou verdadeira, falo de coisas sérias, falo de sentimentos.
Alguém como tu não os tem e eu manchei o meu blog ao escrever sobre ti aqui...
Quando fores mulher, avisa-me se não for pedir muito. ;)
Até lá, vou continuar a escrever aqui, vou continuar a ser feliz com o que faço e meu amor, rói-te de inveja!