Quero deitar-me naquele jardim deserto, numa noite gelada, coberta pelo teu casaco, apenas a contar as estrelas.

30/11/10

Segredo desvendado

Fizeste-me ir, porque não, eu não queria, mas foi como se me tivesses empurrado da tua vida, foi como se me tivesses jogado fora do teu mundo.
E por algum tempo, não muito, eu sei, ainda tentei derrubar as paredes que tinhas erguido para mim,
Por algum tempo, ainda tentei voltar a arrebatar-te o coração da mesma forma que tinha feito há meses atrás,
Por algum tempo, ainda tentei fazer-te voltar atrás e fazer-te ser, de novo, quem um dia foste.
Mas tu sabes, tu não deixaste, não facilitaste e largaste-me.
Não queria acreditar como havias largado algo a que tanto te prendeste, algo que tanto amaste, algo por que tanto lutaste...
Mas fizeste-o, mataste o amor, mataste a essência do nosso amor e traíste-me.
Porque hoje, meses depois, vieram dizer-me que o tinhas feito. Nunca consumaste essa traição, mas fizeste-o pelas palavras que a ele disseste, fizeste-o por pensamentos que em ti moraram.
Traíste-me e eu não quero ainda crer que lutei por ti depois de tudo.
Diz-me, diz-me que a culpa não foi minha, porque eu sei que não foi, mas eu quero ouvi-lo da tua boca, diz-me que eu errei mas que também o fizeste, diz-me que não guardas o rancor que eu estou a tentar não guardar.
Eu ainda te amo, não há como negar, mas já não o faço da mesma forma que fazia,
Eu ainda te amo mas não consigo querer-te aqui comigo,
Eu ainda te amo mas depois de tantas desilusões, de tantas lágrimas nem saudades consigo ter.
Eu ainda te amo, mas ensinei o meu coração a ir-te apagando, devagar, muito devagarinho,
Mas hoje, ao ouvir o que ouvi apercebi-me que não te amo como antes, porque quando a desilusão se sobrepõe dias infinitos á paixão acabas por ir ultrapassando aquilo que sentes.
Mas sinto-me magoada, sinto-me quebrada, sinto-me como se não te quisesse olhar na cara porque acho que quando o fizer vou cair de novo,
Olhar para ti depois de saber que mesmo antes de eu dizer «acabou» já te tinhas entregado a outro alguém,
Mesmo antes de eu ter ditado o fim já o tinhas ditado antes, mas optaste por escondê-lo de mim.
Mesmo antes de seguirmos caminhos diferentes já tinhas um pé no teu, mas deixavas outro no nosso.
Diz-me, diz-me porque tinhas que me trair e manchar as boas recordações que tinha de ti? Agarra o telemóvel, marca o meu número e diz-me porque o fizeste, eu estou a implorar-te para que o faças.

24/11/10

Tiago!

«When you think about you and him
You remember his hair, his skin
'Cause the most difficult thing to say
Is to say goodbye

When you think if it was real
You think there is so much to feel
But the most difficult thing to say
Is to say goodbye

And your soul is calling for him
He should be more than a dream

Once he had a promised to you, my dear
That he would never left you with a tear
But he failed that promise without a why
And he said goodbye

And your soul is calling for him
He should be more than a dream

He left you crying on the rain
And he didn't explained anything
But if he ever try to stop by
You will say goodbye

Foi apenas uma brincadeira de facebook em que te pedi para me escreveres uma música e escreveste,
Escreveste e disseste «É um incentivo para a tua passagem por este momento difícil», e foi, foi dos melhores incentivos até hoje!
Obrigada, obrigada Tiago!

Porque mereces*

Não sei como, quando, onde isto começou e desconheço totalmente o porquê.
Não consigo lembrar-me da primeira vez que falei contigo nem das primeiras palavras que trocamos.
Por muitas voltas que dê, não me recordo de como as coisas se desenrolaram e de como é que de um momento para o outro passei a confiar em ti.
Mas é certo, é certo que o faço.
Entraste de rompante e fizeste-me perder por entre as conversas sem nexo que tínhamos.
Eu gosto, eu gosto muito quando vens de manhã e me dás um beijinho,
Eu gosto quando dizes que o meu blog está nos teus favoritos,
Eu gosto quando temos conversas sem sentido,
Eu gosto quando confias em mim e me falas de ti,
Eu gosto quando finges não precisar de ti e depois corres para o meu lado,
Eu gosto, eu gosto de gostar de tudo isto *.*
Na verdade, eu não ia nada contigo, não gostávamos uma da outra por razões que deixaram de ser razões ou talvez nunca o tenham sido, e foi isso,
Foi isso que me fez achar que nós nunca íamos passar de simples colegas que sorriam uma para a outra, apenas e só, por sorrir.
Mas quando naquela noite, me mandaste uma mensagem querida, só por mandar, só porque te apeteceu, eu percebi, eu percebi que tu eras diferente do que eu sempre pensei seres.
Precisei de ti e disseste-me que tudo ia ficar bem e que sempre que necessitasse de um porto de abrigo irias estar lá,
Precisei de ti e deste-me conforto, aconchegaste-me e aqueceste-me o coração com aquelas palavras,
Precisei de ti e fizeste-me rir, agarrada á barriga, sem conseguir parar,
Precisei de ti e estiveste, estiveste aqui ao pé de mim.
Hoje, sei que não tomas lados, sei que não optas por escolher e dou-te valor, dou-te um enorme valor por te manteres neutra nas situações que muitas vezes nos poderiam separar.
Agradeço-te pelo que fizeste, pelo que disseste, pelo que demonstraste,
Agradeço-te pela sinceridade, pelo apoio, pela amizade,
Agradeço-te pelo tempo dispensado, pela gargalhada solta, pelo sorriso mostrado,
Agradeço-te por me deixares estar ao teu lado, por me dizeres que não queres e não deixas mais que ele me faça mal, por não me deixares chorar,
Agradeço-te por teres feito isto nascer e eu quero,
Eu quero muito deixar o que nós temos crescer porque eu juro, minha Isabel, eu gosto muito de ti e eu orgulho-me muito de dizer «A Bée é minha amiga»

23/11/10

Partiste (...)

Partiste um dia...
Partiste sem me explicar porquê, sem longas demoras, sem verdadeiras revelações.
Partiste e fiquei destroçada a ver-te tomar o teu caminho, a contar os teus passos e a tentar arranjar forma de que o meu coração te dissesse «adeus».
E no fim de contas, esse tão esperado «adeus» demorou mais do que eu imaginava e acabei, acabei por cruzar os braços e por ficar a olhar-te por tempos indefinidos.
Acabei por me agarrar áquelas camisolas que ainda me faziam inalar o teu cheiro e ter umas enormes saudades de me deitar contigo, num lugar qualquer, coberta pelo teu casaco.
Acabei por guardar as fotografias que me traziam á memória cada traço do teu rosto, cada curva do teu corpo que eu já conhecia tão bem como a palma das minhas mãos.
Acabei por desvendar segredos e por enterrar outros, bem fundo, para que mais ninguém soubesse o tesouro que tínhamos encontrado quando as nossas vidas se cruzaram.
Guardei em mim todas as recordações de ti e se por um lado, a dor aumentava, as lágrimas corriam e o coração parava,
Por outro, saber que nós tínhamos existido, que tinha sido real e não apenas um sonho meu, era a melhor coisa que tinha sentido até então.
Saber que um dia, ainda que longínquo, me tinhas pertencido e tinhas estado ali comigo ao meu lado, tranquilizava-me e fazia-me por meros, por breves segundos achar que tudo ficaria bem, que tu ias voltar e que ias ficar, ias ficar para sempre.
E saber, saber que fui amada por ti trazia um sossego ao meu coração, que implorava por ti e por nós, a cada batida.
Saber que me amaste com cada pedaço de ti e que te entregaste a mim e a tudo o que vivemos fazia-me achar que ainda ias cumprir a promessa,
A promessa que me fizeste no barulho dos dias e no silêncio das noites, a promessa que me fazias todas as manhãs ao acordar e todos os dias ao adormecer, a promessa, a tua promessa
«Nunca te vou deixar»
E hoje, hoje não sei ao certo porque não a cumpriste, não sei ao certo porque a quebraste.
Mas acreditei, acreditei quando a fizeste e disse-te que tinha medo que te cansasses, ainda que me sussurrasses ao ouvido, vezes infinitas, que isso nem te passava pela cabeça.
É certo que não passava mas de um momento para o outro, começou a passar e essa vontade tão grande de seres só tu apoderou-se de ti, apoderou-se e fez-me ter que te largar na esperança que voltasses um dia.
E não faz mal que te tenhas cansado, não faz mal que te tenhas fartado, porque meu amor, não escolheste, não pudeste fazê-lo, mas não devias, não devias nunca ter prometido o que também nunca está garantido.
E eu estava aqui, exactamente no mesmo lugar, estática, á tua espera, á espera que decidisses que me querias e que querias tudo de novo.
E voltaste, voltaste imensas vezes e não ficaste.
Voltaste para mim e voltaste a ir. Isso destruiu-me, partiu-me o coração e feriu-me a alma de uma forma que nem eu, até hoje, consegui sarar.
Fizeste feridas em mim, mesmo antes de as que tinhas feito terem cicatrizado e magoaste-me, magoaste-me e fizeste-me cair bem fundo.
O meu corpo vai falecer, a minha alma vai chamar por mim até ao cair das noites mas o meu amor por ti,
Esse permanecerá intacto, intocável, inesquecível á distância e ao tempo que nos separa.
E se um dia, quiseres voltar provavelmente eu já não serei capaz de te estender os braços e de te segurar junto a mim.
E se um dia, correres para mim talvez eu te vire as costas e te deixe com o mesmo vazio no coração com que me deixaste a mim,
Talvez te deixe com o mesmo nó na garganta que não se desfez durante todo este tempo,
Talvez te deixe com a sensação de quem leva um soco no estômago e fica sem reacção.
Talvez, talvez dessa vez seja eu a ir, a fugir a perguntas, a evitar respostas, a calar o coração e a esconder o amor.
E tu, serás tu capaz de o continuar fazer também?

(Foi a melhor coisa que escrevi até hoje e obrigada porque apesar de tudo, meu menino, és a inspiração de todos estes textos)

22/11/10

Vai!

Vai...
Vai por uma vez, vai porque tu sabes...
Se mantiveres isto vivo, por muito mais tempo, será em vão.
Vai porque tu sabes...
Eu estou cansada e continuar dia após dia a suportar este «anda e não anda» faz-me cansar ainda mais,
Faz-me querer parar de fingir que está tudo bem,
Faz-me querer ficar sentadinha e encolhida a um canto, de modo, a proteger-me,
Faz-me querer deixar de ser forte.
Portanto, pára!
Pára com as mensagens bonitas, pára com os olhares directos a mim, pára com os sorrisos forçados.
Pára, pára de tentar fazer-me deixar-te voltar,
Pára de tentar fazer com que eu baixe as defesas, mais uma vez,
Pára de me tentar enganar com falsas palavras sem o mínimo de sentimento,
Pára de tentar fazer-me ceder, baixar a guarda e render-me, de novo, aos teus encantos,
Pára de me fazer promessas que acabas sempre por quebrar e não cumprir,
Pára de agarrar a minha mão quando dias depois a largas sem te importares como eu fico,
Pára de provocar estragos aos quais nunca dás cobertura,
Pára e deixa-me de uma vez por todas, porque eu, meu amor, eu já não quero saber o que fazes ou deixas de fazer quando eu não estou.
Tu destruíste-me completamente e eu não me envergonho de o dizer.
Não me envergonho de reconhecer que tenho o meu coração partido e que, por mais que tente, não me sinto capaz de juntar os pedaços.
Não me envergonho de dizer que todas as manhãs tenho medo de não conseguir enfrentar um novo dia com o sorriso no rosto.
Não me envergonho de gritar aos quatros ventos que tem noites em que choro até ao sono me pegar e tudo, tudo porque continuas a estar presente em mim, de uma forma ou de outra...
Tu insistes em tentar manter-me apaixonada por ti, mas eu já não o estou.
Já não em sinto apaixonada faz muito tempo, já não me sinto encantada e muito menos rendida a ti.
Amo-te, amo-te tal e qual como antes, amo-te da forma mais bonita que alguma vez amei alguém, mas a paixão? A loucura? A vontade doida de querer estar contigo?
Ó essas, essas, meu menino, foram-se embora juntamente com o tudo o resto que deixaste o vento levar.
Porque se hoje, não estou contigo nem ao teu lado, a culpa é tua
e só tua!

19/11/10

Vai...
Vai por uma vez e leva contigo tudo o que resta do «nós» que outrora fomos.
Vai e deixa-me definitivamente, sem olhar para trás.
Vai e joga tudo no lixo tal e qual como, um dia, irei fazer.
Vai e larga a minha mão, para sempre, já que nunca foste capaz de a agarrar o suficiente.
Vai, vai porque agora sou eu que quero que o faças,
Vai porque eu não consigo suportar as tuas indecisões,
Vai porque se tornaram insustentáveis as tuas idas e vindas.
E vai, vai e por favor, não voltes.
Tu não me deixes seguir em frente mas também não me deixas voltar atrás, fazes-me ficar parada no tempo, fazes-me ficar com o coração num sobressalto e a pensar «Será que desta vez ele fala a sério?».
Tu nunca falas a sério e eu deveria ser a primeira a ver isso,
Deveria ser a primeira a saber que nunca cumpres as tuas promessas,
Deveria ser a primeira a saber que não és homem, és um miúdo, um miúdo com o ego demasiado elevado.
Deveria ser a primeira a saber que JAMAIS e em tempo algum irias cumprir as promessas.
E eu estou cansada destas situações, estou realmente cansada e estou a fazer tudo por tudo para ser forte e encarar cada dia com um sorriso, mas não tem sido fácil, tu voltas nos piores momentos e complicas diariamente a minha vida como se da tua se tratasse.
Eu estou frágil, estou realmente exausta e quero cair fora destes joguinhos,
Quero calar o meu coração e quero agir como se não me importasse aquilo que fazes ou deixas de fazer.
Mas custa-me acreditar, custa-me conceber a ideia de que tu ainda queres voltar ao ponto de partida mas não consegues ser fiel.
Eu não percebo, não entendo e não encontro respostas, esse foi e ainda é o meu maior erro.
Procurar por palavras soltas, procurar por razões, procurar por uma justificação para o que nos aconteceu,
Mas principalmente, procurar saber o que te aconteceu, procurar saber o que é feito daquele menino, do meu menino.

17/11/10

Não é fácil, não é evitável, não é sequer esquecível.
Mas acaba por se tornar suportável, habitual até.
Levantamo-nos manhã após manhã ainda com a almofada molhada pelas lágrimas que tardaram a secar.
Continuamos com a dor no coração, porque até ele parece doer,
Doer ao ponto de o querermos arrancar do peito com as nossas próprias mãos,
Doer ao ponto de termos uma tremenda vontade de o jogar pela janela e de ficar a vê-lo cair,
Doer ao ponto de dizermos, entre lágrimas, que nunca mais, em toda na nossa vida iremos querer amar alguém.
E todas as noites, repetimos a promessa que que jamais voltaremos a passar pelo mesmo.
Olhamo-nos ao espelho e dizemos a nós próprios que já não sentimos o mesmo, ainda que o nosso coração implore a cada batida por mais um gesto, por mais um abraço, por mais um sorriso, por mais um sinal, até nem que seja apenas por mais um mero segundo.
E mentalmente, convencemo-nos de que no dia seguinte teremos que manter o sorriso, segurar as lágrimas e fingir que não temos a cabeça e o coração num turbilhão.
No fundo, conseguimos fazer de conta que tudo está bem, até que ele, aquele ele aparece.
As pernas tremem, começam as borboletas no estômago, o ritmo cardíaco aumenta, as lágrimas formam-se, o olhar prende-se de tal forma áquela pessoa, irreal achamos nós, que o resto do Mundo deixa de existir por alguns segundos.
E imploramos só por um sorriso, por um mero sorriso,
Entrelaçamos as mãos e pedimos a todos os deuses para que não nos deixem cair.
E ele, ele acaba por ir, foge-nos do alcance atingível pelo nosso olhar e mais uma vez sentimo-nos só nós, sentimo-nos tão sozinhos ainda que estejamos no meio de uma multidão.
E juramos, juramos mil e uma vez que amanhã será diferente mas não,
Nunca o é!

(A Jô foi a primeira a ler este texto na aula de filosofia e pensei que ia chorar quando ela me disse «Vai pó caralho pá, tu escreves cada coisa» (:
Obrigada meu amô <3)

16/11/10

Fui coagida a publicar este post -.-

Pediram-me com carinho, com jeitinho para deixar o orgulho de lado e deixar de me fazer de forte e escrever um texto onde deixasse o meu coração falar e onde não me impusesse a nada (...)

Na verdade, eu ainda te amo, ainda sinto o meu olhar preso a ti tal e qual como no início,
Ainda sinto o meu estômago ás voltas de cada vez que apareces,
Ainda sinto aquela vontade enorme de fazer tudo ficar bem, é verdade, não o nego.
E queria, queria que hoje me ocupasses o vazio da cama e que me ajudasses a decidir o canal de televisão,
Queria deitar a minha cabeça no teu peito enquanto me fazias aqueles miminhos,
Queria ouvir cada batida do teu coração e ter certeza que o nosso lugar era ali, juntos,
Queria poder olhar-te e dizer que és o homem da minha vida,
Queria abraçar-te com todas as minhas forças e sorrir entre lágrimas,
Queria poder sentir medo de te perder, porque aí saberia que ainda me pertencias,
Queria ter os teus lábios junto ao meu e fazer parar o tempo, parar o resto do Mundo,
Queria mexer no teu cabelo e ficar a olhar-te, porque eu juro-te que jamais me cansaria de o fazer,
Queria falar-te baixinho ao ouvido até bem tarde,
Queria fazer-te rir por tudo e por nada,
Queria que me chamasses de «minha princesa» mesmo quando eu merecia que me rejeitasses,
Queria que me puxasses bem para ti e não me largasses,
Queria amar-te, amar-te e deixar-me ser amada por ti, durante tempos infinitos,
Queria sussurrar-te coisas lindas até finalmente não aguentares de sono,
Queria acordar na manhã seguinte e ainda ter-te ali comigo, sem reservas,
Queria que não houvesse mais ninguém, que os ponteiros do relógio parassem e que fôssemos só nós.
Queria, queria tanto, queria com todas as minhas forças, não querer tudo isto.
E convenço-me dia após dia, que não mereces, que não vales nem mais uma lágrima!

15/11/10

Sinto um vazio no estômago, um nó na garganta, um aperto no peito, uma sensação de desconforto, de ausência, a tua ausência.
Ainda me sinto como há quase dois meses atrás, sinto-me a deixar-te ir e não sou corajosa o suficiente para dizer a mim própria que já foste, já foste faz muito tempo.
Não quero largar as últimas recordações que ainda guardo mas tenho medo, tenho medo de lá mexer,
Tenho medo de não conseguir suportar o facto de que já não estás aqui,
Tenho medo de voltar a chorar até ao sono me pegar já a noite ia longa.
Tenho medo, tenho muito medo quando sei que em tempos, foste o meu local de abrigo,
Em tempos, protegeste-me de qualquer coisa,
Em tempos, foste o meu porto seguro.
E hoje, hoje, eu precisava de um assim, precisava que me dissessem que tudo ia ficar bem, precisava que me dissessem que a dor vai desaparecer, um dia, porque eu não consigo acreditar.
Eu não sou forte, sou frágil e estou cansada, estou exausta.
Fartei-me de lutar e de esperar que voltasses e ficasses de uma vez,
Fartei-me de te abrir a porta do meu Mundo e de te dar de novo a chave do meu coração,
Fartei-me de te deixar agarrar a minha mão quando dias depois me largavas,
E não te importavas com a força com que o fazias,
Largavas-me e eu caía, caía e doía, doía.
Hoje, dei-me conta de que te amo, de que te amo da forma mais bonita que algum dia imaginei ser capaz,
Mas hoje meu amor, hoje dei-me conta também de que tu não mereces esse amor.
Disseram-me «com o tempo tudo passa, de uma forma ou de outra»,
Passaram dias, semanas, meses e eu percebi que o tempo não cura nada, apenas te começas a habituar a viver diariamente com a dor, com as saudades e até mesmo com a raiva, com o arrependimento.

13/11/10

Vai, não hesites, não olhes para trás, não contes os passos. Vai só, vai de uma vez.
Tu sabes, eu já não consigo ver-te da mesma forma, já não consigo querer correr para os teus braços, já não consigo querer estar contigo.
E achei, achei que jamais ia suportar a ausência dos teus braços á volta do meu corpo,
Achei que jamais ia saber lidar com a falta dos teus lábios junto aos meus,
Achei que jamais ia conseguir viver sem os sussurros no ouvido.
Achei tudo isso porque sempre achei que jamais me ias magoar da forma que me magoaste, achei que jamais me ias tratar da forma que trataste, achei que jamais te irias tornar na pessoa que tornaste.
Não quero que penses mais em «nós», porque esse «nós» já não existe,
Dele apenas resta o enorme carinho que sentimos um pelo outro, o carinho que nos faz preocupar, que nos faz querer saber se está tudo bem.
E odeio, odeio quando me falas como se quisesses voltar mas como se não pudesses ficar, odeio quando falas do quanto me querias de volta mas não consegues ser fiel, odeio, odeio isso em ti, odeio cada palavra, odeio cada falsa esperança, odeio cada olhar, odeio, odeio-te a ti, odeio-te com carinho, com ternura mas odeio.
E é nesses dias em que mais me desiludes que eu ultrapasso aquilo que sinto, é nesses dias que eu calo o meu coração e digo que já não és aquilo que eras, é nesses dias que eu digo que gosto menos um bocadinho de ti, e isso, isso até pode ser mentira, até pode ser a maior barbaridade que disse até hoje, mas por momentos, eu sossego porque acredito naquilo.
Mas quando a lua já vai alta, as luzes se apagam e a noite chega, juntamente com todo o místico silêncio, é aí que eu deixo de fingir, deixo as lágrimas caírem se quiser porque sei que mais ninguém as verá, tiro o falso sorriso da cara, tento aconchegar-me nos lençóis tal como fazia com o teu corpo, e fico ali, imóvel.
A saudade bate á porta e eu faço de tudo para não a deixar entrar, junto todas as minhas forças e tento fazer com que ela se vá, mas todos os esforços são inúteis.
Ela vem e traz consigo o aroma do teu corpo, o brilho do teu olhar e todas aquelas coisas que me deixavam derretida a olhar para ti.
E diz-me tu, diz-me que não choras quando ela bate á tua porta também?
Tenho pena, tenho mesmo pena que isso não seja suficiente para te fazer voltar a ser quem foste!

08/11/10

Ele diz «Vem ter comigo ás 14h.», nós vamos nervosas, com borboletas no estômago e a sensação de que o coração nos vai saltar pela boca.
Demoramos horas a escolher a roupa, a deixar o cabelo perfeito, a conseguir a maquilhagem ideal. Tudo para conseguir deixa-lo a pensar que nunca nos irá querer deixar.
As largas conversas por mensagens vieram dar lugar a um sentimento, nunca chegamos a perceber de onde veio ele nem como e muito menos porquê, mas no fundo,
No fundo, entrelaçamos as mãos e agradecemos a todos os deuses possíveis e imaginários por tudo aquilo estar a nascer.
E senta-mo-nos, os dois, sem saber muito bem o que fazer, nervosos com a ideia de que um passo mal dado possa arruinar tudo.
Sorrimos e tentamos começar uma conversa com nexo e nada do que teríamos imaginado acontece e costuma ser muito melhor assim.
Quando a outra pessoa nos surpreende ás vezes só com um simples carinho na cara ou um mimo no cabelo.
Queremos tudo de uma só vez, agarrar bem com força, beijar os lábios e parar o tempo,
Queremos tudo de uma só vez, deixar o coração falar, não pensar, não hesitar não falar.
Normalmente, é assim que se começa uma história a dois, e nós, nós não fomos excepção.
A partir do momento, em que te olhei e pensei «Ele ama-me, ele ama-me de verdade», deixei de me importar com o que iria vestir no dia seguinte, deixei de me importar se estava gorda ou magra, deixei de me importar se o cabelo estava alinhado. Eu sabia que me ias amar de qualquer forma, de qualquer jeito, tal como te amava a ti.
E ama-mo-nos, ama-mo-nos da maneira mais bonita que vi um casal a amar-se até hoje.
Aproximavas-te de manhã, estendias-me a tua mão, apertavas-me contra o teu peito de modo a protegeres-me, davas-me um beijinho na testa e perguntavas-me se tinha dormido bem.
Queria dizer-te que sim mas que teria dormido muito melhor se estivesses lá comigo, queria dizer-te que senti a tua falta durante aquela noite...
Contava todos os minutos para te ver, ás vezes, até escapávamos a uma aula, as saudades apertavam e nós sabíamos disso.
E eram essas nossas pequenas loucuras que me faziam amar-te mais e mais a cada dia,
eram essas pequenas loucuras nas nossas escadas.
É incrivel como deixamos tanto de nós naquele lugar, como vivemos coisas que nem nós até hoje conseguimos explicar.
E lembras-te, lembras-te de todas as promessas que por lá fizemos? Lembras-te, lembras-te de todas as lágrimas que deixaste cair por mim, naquela tarde? Lembras-te, lembras-te de como sorríamos enquanto nos beijávamos? Lembras-te, lembras-te de teres dito «Eu juro que vamos ficar juntos para sempre»?
Fala-me desse para sempre e de como ele não foi cumprido,
Fala-me de teres desistido e de teres jogado tudo fora, como quem joga algo que já não quer mais,
Fala-me do quanto ages como se não te importasses?
Fala-me de como continuei a lutar por nós sem que desses conta?
Hoje, já não sei mais quem tu és e já não sei se vale a pena ficar á espera que me mostres, mas na verdade, quando te olho, quero que venhas me dês um beijinho e me digas «Eu quero ficar contigo para sempre, minha princesa» :$

06/11/10

Uma noite fujo pela janela do meu quarto e vou sentar-me contigo mesmo debaixo do luar *

02/11/10

Foste, voltaste, foste, voltaste e foste e voltaste ainda mais uma vez.
E agora, agora decidi ser eu a levantar as paredes, a não baixar a guarda e a não me iludir, porque eu sei, a qualquer momento podes voltar a dizer «adeus» e serei mais uma vez só eu.
E durante muito tempo, menti a mim própria, ignorei o que o meu coração dizia e não te liguei só para dizer que te amava, queria-o fazer porque achava que tinhas que saber, achava que tinha que te gritar tudo o que sentia, como se algum dia me fosses ouvir...
Eu não acredito no que me dizes, não acredito e não me deixo envolver por entre cada palavra, cada olhar.
Mantenho-me á defesa e digo-te que não volto a cair, porque dói levantar-mo-nos quando mais ninguém acredita que o façamos.
Mantenho-me á defesa e não deixo que brinques com o que eu sinto, porque dói quando nos partem o coração.
E todos me dizem «Faz com que ele te prove esse amor de que tanto fala»,
E eu penso que durante tanto tempo me deste provas e provas, ficaste quando eu menos merecia, mimaste-me quando te rejeitei e NUNCA, nunca me deixaste mal.
Hoje, quero provas concretas, quero saber que estás a lutar ainda que eu mantenha as paredes levantadas,
Quero saber que estás a lutar ainda que pareça que eu não me importo.
Porque tu sabes, eu importo-me porque te amo mas amar não significa aceitar tudo,
Amar é ficar quando se quer ir, amar é lutar quando se quer desistir, amar é esperar quando se quer apressar, amar é amar,
E eu quero saber se há amor no que tu dizes *