Quero deitar-me naquele jardim deserto, numa noite gelada, coberta pelo teu casaco, apenas a contar as estrelas.

26/02/11

Homens, serão sempre homens.

Tu ainda nem sequer paraste para pensar porque raio estarei eu assim, chateada como tu dizes...
Mas não se trata de uma zanga ou de uma birra, como tu insistes em pensar, trata-se de desilusão e quando souberes o motivo, vais rir-te e achar que eu sou melodramática e que exagero, blá blá blá.
O cenário é sempre o mesmo, dizes exactamente as mesmas coisas, as situações desenrolam-se com o mesmo guião, como se de uma encenação se tratasse, porque contigo funciona assim, para ti está sempre tudo bem e quando não está, finge-se estar.
Eu nunca fui boa a esconder sentimentos, eu nunca soube fingir de forma exemplar e nunca consegui não deixar transparecer o que me consumia por dentro.
Sempre foste fantástico, perfeito até. Sempre me encheste de mimo e sempre me amaste o melhor que sabias.
Não é isso que estou a pôr em causa, não se trata de duvidar daquilo que dizes sentir com todas as certezas do mundo.
Trata-se de que todos os namorados passam a fase da conquista e tu passaste a tua, é como se fosse uma lei, uma norma no código dos homens e vocês nunca a infrigem, nunca a violam.
Eu faço o melhor que posso, sabes? Não sou perfeita e digo coisas que certamente te magoam, mas eu apercebo-me disso quando o faço e tento emendar as coisas.
Tu sabes, eu não lido bem com pedidos de desculpa, não sei lidar com o facto de ter que pôr o meu orgulho de lado e custa-me horrores deixar a teimosia e dar por finalizado o braço de ferro.
Mas eu escrevo-te.
Eu escrevo-te as palavras que te devia dizer e mostro a toda a gente que, apesar de certas (mais que erradas) atitudes, eu te amo, com tudo aquilo que tenho.
Eu escrevo-te e tento fazê-lo o melhor que sei, faço para que me perdoes as más e cruéis palavras que fora jogo e que por vezes te doem e custam ouvir.
E ás vezes, escevo-te só porque quero adormecer, nessa noite, depois de te ouvir dizer as coisas bonitas que fazes questão de que eu ouça, tal como pensei que seria na quinta-feira passada.
Mas ao contrário de todas as outras ocasiões, tu fingiste que isto nem estava aqui, fingiste que nem viste a porcaria do texto que para ti escrevi quando podia estar a fazer milhares de coisas que certamente, eram mais urgentes e mais precisas.
Percebes o que te digo? Quando te coloco à frente de tudo o resto e quando tento que mereças ser o centro total da minha vida, tu, inveriavelmente, falhas a missão, desiludes-me e acabas sem a vitória que podias conseguir.
Quando tento fazer com que as coisas corram (ainda) melhor, tu, propositadamente ou não, destróis aquilo que te queria dar, mesmo antes de o veres e apagas essas ideias da minha cabeça.
Passaste a fase da conquista e achas que já não precisas de me dizer um simples «obrigada» a nada daquilo que por ti faço.
Passaste a fase da conquista e achas que já não precisas de dares tudo por tudo para que aqui fique.
Passaste a fase da conquista e achas que me tens na palma da mão, esquecendo-te de que a qualquer momento eu te posso fugir por entre os dedos.
Querias que eu te dissesse o que se passava não querias? Aqui o tens, da mesma forma que ignoraste o motivo de toda esta discussão.
E acredita, isto não volta a acontecer porque tão cedo não volto a dar-te este valor e tão cedo não volto a colocar-te neste lugar.
E sim, I miss how close we were!

(anyway, sei que o texto está horrível, muito horrível!)

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