Mas não se trata de uma zanga ou de uma birra, como tu insistes em pensar, trata-se de desilusão e quando souberes o motivo, vais rir-te e achar que eu sou melodramática e que exagero, blá blá blá.
O cenário é sempre o mesmo, dizes exactamente as mesmas coisas, as situações desenrolam-se com o mesmo guião, como se de uma encenação se tratasse, porque contigo funciona assim, para ti está sempre tudo bem e quando não está, finge-se estar.
Eu nunca fui boa a esconder sentimentos, eu nunca soube fingir de forma exemplar e nunca consegui não deixar transparecer o que me consumia por dentro.
Sempre foste fantástico, perfeito até. Sempre me encheste de mimo e sempre me amaste o melhor que sabias.
Não é isso que estou a pôr em causa, não se trata de duvidar daquilo que dizes sentir com todas as certezas do mundo.
Trata-se de que todos os namorados passam a fase da conquista e tu passaste a tua, é como se fosse uma lei, uma norma no código dos homens e vocês nunca a infrigem, nunca a violam.
Eu faço o melhor que posso, sabes? Não sou perfeita e digo coisas que certamente te magoam, mas eu apercebo-me disso quando o faço e tento emendar as coisas.
Tu sabes, eu não lido bem com pedidos de desculpa, não sei lidar com o facto de ter que pôr o meu orgulho de lado e custa-me horrores deixar a teimosia e dar por finalizado o braço de ferro.
Mas eu escrevo-te.
Eu escrevo-te as palavras que te devia dizer e mostro a toda a gente que, apesar de certas (mais que erradas) atitudes, eu te amo, com tudo aquilo que tenho.
Eu escrevo-te e tento fazê-lo o melhor que sei, faço para que me perdoes as más e cruéis palavras que fora jogo e que por vezes te doem e custam ouvir.
E ás vezes, escevo-te só porque quero adormecer, nessa noite, depois de te ouvir dizer as coisas bonitas que fazes questão de que eu ouça, tal como pensei que seria na quinta-feira passada.
Mas ao contrário de todas as outras ocasiões, tu fingiste que isto nem estava aqui, fingiste que nem viste a porcaria do texto que para ti escrevi quando podia estar a fazer milhares de coisas que certamente, eram mais urgentes e mais precisas.
Percebes o que te digo? Quando te coloco à frente de tudo o resto e quando tento que mereças ser o centro total da minha vida, tu, inveriavelmente, falhas a missão, desiludes-me e acabas sem a vitória que podias conseguir.
Quando tento fazer com que as coisas corram (ainda) melhor, tu, propositadamente ou não, destróis aquilo que te queria dar, mesmo antes de o veres e apagas essas ideias da minha cabeça.
Passaste a fase da conquista e achas que já não precisas de me dizer um simples «obrigada» a nada daquilo que por ti faço.
Passaste a fase da conquista e achas que já não precisas de dares tudo por tudo para que aqui fique.
Passaste a fase da conquista e achas que me tens na palma da mão, esquecendo-te de que a qualquer momento eu te posso fugir por entre os dedos.
Querias que eu te dissesse o que se passava não querias? Aqui o tens, da mesma forma que ignoraste o motivo de toda esta discussão.
E acredita, isto não volta a acontecer porque tão cedo não volto a dar-te este valor e tão cedo não volto a colocar-te neste lugar.
(anyway, sei que o texto está horrível, muito horrível!)
Adorei, adorei Cátia! Fogo, eu nem sei que dizer :s
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