Acho que as relações, os namoros, os amores e desamores são espécies de jogos de xadrez.
É necessário ser perspicaz, estar atento, saber atacar mas saber-se defender. É necessário estudar cada jogada mas saber quando se deve arriscar e não pensar demasiado.
Leva tempo, exige paciência e tal como no jogo da vida, ou perdes ou ganhas. Os motivos são diversos mas não há empate, há sempre vencedores e há sempre perdedores.
Ocasionalmente, é jogado por mais do que duas pessoas, tal como acontecem milhões de vezes, em milhões de casais que se cruzam connosco na rua e aparentemente parecem felizes, fiéis.
Nós somos uma espécie de jogo de xadrez, sabes?
Eu sou a dama, a tua dama, enquanto tu és o rei, o meu rei. Temos a nossa torre, a torre que acaba por ser o nosso refúgio, o nosso porto de abrigo.
Para todos os contratempos, para todas as voltas e reviravoltas temos o bispo e o peão que com certeza estarão lá para nos protegerem de todas as quedas e para nos lembrarem de que o jogo continua, que somos as peças fundamentais, que se desistirmos e se pararmos os movimentos ali, teremos que assumir a derrota, teremos que baixar a cabeça e dizer «Nós perdemos.», e aí resta o cavalo a um de nós, para fugir dali, para evitar encontros e desencontros com o seu coração, para evitar lágrimas e dissabores, para evitar as recordações que a memória não consegue apagar.
Amor, nós não vamos perder, sabes? Nós temos tudo para vencer este jogo, para os derrotar, para os deixar boquiabertos quando nos virem subir ao pódio, ao primeiro lugar, juntos.
Temos do outro lado, o mundo pronto a jogar contra nós, a querer-nos deixar de rastos. Inteligente e perspicaz, a preparar as suas jogadas de mestre, certeiras de modo a ir deitando ao chão as nossas peças.
Mas, nós temos muito mais que isso do nosso lado. Não dizem que o amor pode mover o mundo? Então só por isso, teremos meio caminho para a vitória!
Vamos tentar jogar mais com o coração, seguir a nossa intuição, esperar que o destino faça o que deve fazer. Eu vou á frente, eu sou a dama e posso usar o tabuleiro a meu bel prazer, caminho de cabeça levantada, com a feminidade a transparecer, mas sei que estarás exactamente atrás de mim, pronto a proteger-me do adversário, dos buracos que abrir-se-ão, das armadilhas que explodirão.
E vamos os dois, a lutar por uma vitória quando mais ninguém acreditava que nós conseguíssemos.
E vamos os dois, sorrindo como se tivéssemos certezas de que tudo vai correr bem.
E vamos os dois, achando que o amor, o amor que nos une facilitará tudo.
E é verdade, facilita.
Avançamos fugazmente, unimo-nos imutavelmente, não damos tempo de percepção, não damos tempo de reacção.
Destruímos e ditamos a sentença do fim daqueles que contra nós estão, abraçamo-nos e pedimos desculpa, irnonicamente, por todos os seus esforços não terem sido suficientes para nos separar.
E agora, agora XEQUE-MATE.
Porque nós somos uma excepção, porque afinal nós fomos para sempre!
*-*
ResponderEliminaré a única coisa que posso escrever.
Fcou tããão estúpido ahah
ResponderEliminarTão estúpido? TU é que és estúpida xD
ResponderEliminarEstá... Está espetacular! Uma metaforização de tirar o chapéu! Não tens noção como está mesmo espetacular!
Lembrei-me de escrever isto quando vi no teu blog que estavas a aprender a jogar xadrez xD
ResponderEliminarAcreditas que eu pensei que podia ter sido isso a criação deste post? Uh, acertei! Vou jogar no euromilhões ;)
ResponderEliminarEstá tão bonito! *.*
ResponderEliminareu AMO as tuas metáforas , está fenomenal este texto *-*
ResponderEliminarMuito, muito obrigada Cátia :)
-está liindo (:
ResponderEliminaradorei*