A noite, traz-me saudades.
Saudades do conforto e da protecção do teu abraço,
Saudades do sabor e do amor do teu beijo,
Saudade da verdade e do carinho das tuas palavras.
E é incrível como estamos a deixar-nos fugir por entre os dedos quando todos diziam que tínhamos tudo para dar certo.
É incrível como é mais fácil baixar a cabeça e calar o coração em vez de corrermos um para o outro como tanto queremos.
Tentamos esquecer o toque e o cheiro, apagamos os momentos e recordações, jogamos fora as fotografias e as cartas.
E nada, nada parece ser suficiente, nada parece ser capaz de mandar aquela sensação de ausência embora,
A sensação de que a qualquer momento as lágrimas vão cair e não iremos importar-nos que todos os vejam,
A sensação de que a qualquer momento a corda rebenta e nós voamos,
Um para cada lado, sem defesas, sem resistências.
A noite, faz-me chorar, é inevitável, sentir a falta que me fazes, e acabo, invariavelmente, sentada na cama, a desejar que os ponteiros se movam mais rápido, que amanheça e que eu fique bem.
Desejar que o meu coração deixe de implorar por ti e por um gesto teu.
Desejar ver-te e não sentir que a qualquer momento irei quebrar-me completamente.
E diz-me, diz-me como és capaz de não correr para mim e de não me fazer feliz! Diz-me como és capaz de me ver como mais ninguém vê e veres que não estou feliz e mesmo assim seguires em frente.
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