Quero deitar-me naquele jardim deserto, numa noite gelada, coberta pelo teu casaco, apenas a contar as estrelas.

09/03/11

O amor nunca falha.


Eu continuo a arriscar, dou passo após passo sem pensar nas armadilhas que estarei prestes a pisar.
Continuo a seguir este caminho sem um mapa que, pelo menos, me dê as direcções correctas.
Mantenho viva esta guerra porque sei bem que prefiro lutar até ao fim do que desistir a meio, pensando que talvez pudesse ter dado certo.
Coloco o meu coração nas tuas mãos, sem a certeza de que não o irás jogar contra uma parede e quebrá-lo completamente.
Faço o melhor que posso, sem saber se talvez darás valor a todos esses esforços ou não.
Tento que tudo corra bem mesmo sem conhecer o futuro que o destino tem guardado para nós.
Porque tu sabes, o destino é manhoso.
Coloca as suas armadilhas onde bem quiser, implanta as barreiras e fá-las crescer, fortalecendo-as.
Não se importa com o quanto nos vai doer, com o quanto nos vai custar, tentar derrotar todas as dificuldades que nos preparou, tentar ultrapassar todos os níveis deste jogo em que parece ter-se tornado a nossa vida.
Mas ele tem razões para o fazer, sabes?
Por muito complicado que vá ser concretizar esta viagem. Por muito perigoso e armadilhado que seja este caminho, quando chegarmos ao fim, quando atingirmos a meta, vamos estar mais fortes, mais unidos, mais sólidos que nunca.
O amor nunca falha, o amor nunca morre, o amor, o amor verdadeiro nunca nos abandona, nunca nos deixa desistir.
O amor nunca nos fecha a porta, nunca nos diz adeus, nunca nos atira o coração pela janela e fica a vê-lo partir-se.
O amor nunca se esgota, parece nascer todos os dias, como novo, e parece ser sempre maior, melhor, mais forte, mais seguro.
Como sempre, o que nos dói no amor é o medo do fim, é o medo de sentirmos o que temos, entre mãos, fugir-nos por entre os dedos, é o medo de perdermos o que de tão valioso a vida nos deu.
E eu, eu tenho medo, tu sabes, mas quando penso que estou prestes a congelar, prestes a jogar tudo fora, prestes a fechar os olhos e a render-me, desistindo, tu vens...
Tu vens e não me deixas fazê-lo.
Lembras-me do quão felizes somos e do quanto nos amamos.
Dizes-me que tudo vai passar e que, em breve, muito em breve, o  tempo, o mundo vão dar por finalizada esta guerra e vamos ser só nós, como sempre devia ter sido.
Beijas-me, afastas o cabelo da minha cara, olhas-me nos olhos e segredas-me que sou a mulher da tua vida.
E sabes, pela primeira vez em toda a minha vida, eu acredito.
Eu acredito porque sei que não aguentarias tudo isto, que não suportarias metade do que já suportaste, se não me amasses.
E tu amas-me, tu amas-me melhor que ninguém, sem pressas, sem te importares com o quanto te poderás, eventualmente, magoar, sem cruzares os braços, nem por um mero segundo, sem me deixares ir, sem me deixares desistir.
E é por tudo isto, é por seres das melhores pessoas que conheci até hoje, é por te teres tornado no que te tornaste, é por tudo o que vivemos, dia após dia, que eu sei, que jamais irei encontrar uma pessoa melhor que tu.
Jamais irei encontrar quem me ame e quem cuide de mim como tu, meu amor.
Então por favor, fica comigo, eu não quero viver sem ti, eu não quero amar mais ninguém senão tu. *

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