Quero deitar-me naquele jardim deserto, numa noite gelada, coberta pelo teu casaco, apenas a contar as estrelas.

19/09/10

Na verdade, eu nunca pensei que precisasse de ti quando eu chorasse, mas preciso.
Preciso simplesmente porque és talvez o único que conseguiria mandar tudo isto embora, fazias com que isto evaporasse e eu pensava que tinha sido tudo um pesadelo.
E agora, percebo que se tornou demasiado tarde e nós já não temos mais tempo, além de que somos demasiado orgulhosos para dizer que sentimos falta.
Eu sinto, sinto e pronto, nada me tira este vazio, nada preenche o espaço que deixaste quando foste.
E eu contei cada passo teu, queria que voltasses atrás e me fizesses mudar de ideias, queria que me mostrasses que o que eu estava a fazer não era o certo, ou talvez fosse?
Deixaste-me com todas as dúvidas, deixaste-me sem me responder a demasiadas perguntas e neste momento eu sinto-me como um malabarista exausto que ficou com as laranjas suspensas no ar, sem saber como nem quando elas vão cair.
E de cada vez que o meu coração bate, ele só deseja que o telefone toque, que desta fez sejas tu, que digas que me queres ver, que sejas sincero, que fales de alma aberta e me digas se sim ou se não.
Talvez eu precisasse que me escrevesses a palavra NÃO em tamanhos garrafais porque não saberia como acreditar.
E se o meu orgulho deixasse era eu que fazia essa chamada porque eu preciso de uma resposta, preciso da paz de uma certeza, ainda que essa certeza não seja a que eu quero ouvir.
Eu não quero ficar parada á espera que seja o vento a trazer-me essas respostas.

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