Quero deitar-me naquele jardim deserto, numa noite gelada, coberta pelo teu casaco, apenas a contar as estrelas.

24/12/10

O amor bateu-me á porta.
Tive medo de a abrir, tive medo de o deixar entrar e de o aconchegar bem dentro de mim.
Tive medo de que viessem mais lágrimas, mais noites mal dormidas, mais mágoa.
Tive medo de ilusões, de consequentes desilusões, de solidão.
Tive medo de me entregar, de amar e não ser amada, de dar tudo e no fim ficar sem nada.
Tive medo e ainda tenho.
Por vezes, quando sei que já dormes, calmo e sossegado, tenho medo de ti, tenho medo do poder que exerces em mim, tenho medo que me partas o coração.
Mas imaginar-te ali, perdido no teu sono, faz-me acreditar que ocupo também o teu coração e tremo, tremo só de pensar que te posso magoar e fazer sofrer.
Porque, apesar de tudo, eu sei que há algo em ti que é puro, é sincero, é natural. Surpreendes-me todos os dias, dás-me tudo o que tens de melhor e apenas te peço que sejas feliz, apenas te quero ver com esse sorriso.
Gosto de saber que estás aqui, Gosto de saber que queres ficar aqui, pois sei, que aqui é o sinónimo de comigo.

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